Como serão as comemorações dos 83 anos de Pepe e dos 10 anos do Almacen?
Meu pai está na Espanha com minha mãe, e deve retornar até o final do ano, a tempo de participar de ao menos parte dessa festa. Até dezembro, teremos uma série de ofertas e ações, a exemplo de uma feira de vinhos, evento para crianças e a tradicional Corrida do Pepe.
Como surgiu o nome Almacen Pepe?
Quando vendemos a Perini, em 2010, sentimos a necessidade de abrir um novo negócio. As pessoas diziam que estavam órfãs, que não havia mais nada na cidade com a mesma qualidade. Meu pai queria fazer um showroom da Carballo Faro, e, depois de muita discussão que tive com ele sobre o formato, abrimos o Almacen da Pituba. Foi um sucesso estrondoso, com pessoas chorando, abraçando meu pai. Hoje, já temos mais três unidades: no Horto, no Alphaville e no Shopping Barra. Começamos com 40 funcionários e hoje são 500.
Por que o nome Almacen?
Escolhi em homenagem ao meu pai, que trabalhou, quando migrou para Salvador fugindo dos efeitos desastrosos da guerra na Espanha, em um armazém de secos e molhados no Tororó antes de abrir a Panificadora Elétrica e a Perini, na Barra. O detalhe é que ele não queria colocar o nome dele na marca, e batemos testa novamente. Mandei espalhar a logo do Almacen pelo escritório da importadora para ele ir se acostumando. Eu disse a ele que Pepe era um nome público, uma marca reconhecida no varejo. No final deu tudo certo.
Hoje você já prepara o seu filho para entrar no negócio, correto?
Sim. Matheus está estudando Administração, mesmo curso que eu fiz. Ele tem apenas 18 anos, e é um garoto inteligente. Começou a trabalhar comigo aos 17. Quando comecei com meu pai, na Barra, eu tinha 14 anos. Aos 22, estava na diretoria da empresa. Matheus quer seguir o mesmo caminho, e fico muito feliz por isso.